Neste mês a equipe do serviço de Endoscopia do Hospital Madre Teresa – HMT, coordenada pelo Dr. Roberto Motta, realizou um raro procedimento de colangioscopia com litotripsia a laser. O procedimento foi guiado de forma on-line pelo Dr. Ângelo Ferrari, médico do Hospital Israelita Albert Einstein e Prof. Adjunto da Disciplina de Gastroenterologia da Universidade Federal de São Paulo.A colangioscopia é um procedimento inovador e de alta complexidade no qual é possível visualizar diretamente os ductos das vias biliares e pancreática (bileopancreáticos). Segundo os especialistas, essa técnica é pouco invasiva, possui relevante grau de assertividade e recuperação rápida e ainda pode evitar procedimentos de grande porte. TecnologiaPara a realização da cirurgia, a equipe do HMT utilizou o SpyGlass – um sistema de imagem e de terapia de alta resolução composto por um SpyScope. Trata-se de um cateter acoplado ao duodenoscópio e a uma vídeo-processadora própria, que acessa diretamente os canais bileopancreáticos, e assim estuda de maneira mais direcionada as enfermidades que acometem tais regiões.“Essa tecnologia nos proporciona realizar o diagnóstico diferencial de lesões e estenoses indeterminadas ou qualquer anormalidade nas paredes dos ductos, com a visualização direta ou através de biópsias dirigidas. Também é extremamente importante salientar a utilização do SpyScope para guiar na terapia dos grandes cálculos coledocianos. Para este procedimento, além da utilização do SpyScope, pode-se utilizar uma unidade de terapia a laser com cateter para a fragmentação dos cálculos”, explica o coordenador da equipe.

De acordo com o Dr. Ângelo Ferrari do Hospital Israelita Albert Einstein a colangioscopia com litotripsia a laser foi o tratamento mais indicado no caso da paciente idosa atendida pela equipe do HMT, por se tratar de um procedimento pouco invasivo. “Com esse equipamento é possível entrar na via biliar e realizar uma avaliação mais aprofundada do cálculo e seu devido tamanho e, com a utilização de uma fibra ótica, é possível fragmentá-lo com laser. Uma vez fragmentado ele pode ser retirado com manobras habituais da colangiografia endoscópica. Com esse processo é possível resolver o caso da paciente sem a necessidade de um trauma cirúrgico”, explica o médico. Equipe do serviço de Endoscopia do HMT que atuou no procedimento:

  • Dr. Roberto Motta Pereira – Coordenador do Serviço de Endoscopia.
  • Dr. Ricardo Castejon Nascimento
  • Dr. Walton Albuquerque
  • Dra. Renata Figueiredo Rocha
  • Dr. Rodrigo Albuquerque Carreiro